Fintechs: como se diferenciar em um universo tão competitivo?
O ano de 2020 será inesquecível para todos, sem dúvida, mas se teve um setor da economia que precisou se transformar rapidamente foi o de produtos e serviços. A migração destas empresas para o comércio eletrônico que crescia a passos largos, mas cujo ponto final ainda parecia distante, chegou para ficar. Empresas de todos os portes e segmentos precisaram transferir seu ponto de venda para a internet e as fintechs tiveram papel fundamental nesta operação.
As medidas de distanciamento social fizeram vir à tona uma âncora para o desenvolvimento de muitos negócios. O Brasil possui cerca de 45 milhões de desbancarizados que necessitam de serviços mais simples, baratos e, pasmem, presentes em suas cidades. Em muitas regiões do interior não há uma agência bancária sequer, transações informais são realizadas em mercadinhos e pequenas lojas. Com os estabelecimentos fechados, em que local estes cidadãos seriam atendidos?
Fintechs especializadas em meios de pagamento e operações bancárias tomaram conta de vez do mercado, mas lidam com um desafio: a desconfiança do brasileiro em realizar ações em ambiente digital. Marcas novas com abordagens disruptivas precisam se mostrar sólidas e seguras para todos.
Observemos o movimento em torno do Pix. Este mecanismo licenciado pelo Banco Central promete revolucionar o mercado de pagamentos. Nos meses anteriores ao lançamento, assistimos a uma corrida dos bancos para conquistar a preferência dos futuros usuários no cadastramento de suas senhas. Pois faltando 30 dias para o início das transações, três fintechs lideravam esta corrida: Nubank, Mercado Pago e PagSeguro. O que elas possuem em comum? Um forte trabalho de comunicação e gestão de marca.
Mas como dissemos anteriormente, existe um oceano de possibilidades para projetos inovadores nesta área. Por isso, é fundamental que as fintechs que já estão por aí e mesmo aquelas que ainda serão criadas invistam em um trabalho de gestão de marca consistente, pois um propósito real e verdadeiro e uma plataforma com atributos coerentes e bem estruturados servirão de eixos neste momento de aceleração e crescimento das empresas. Num universo tão concorrido, é preciso se diferenciar, ter coerência na atuação e transmitir segurança para seus diversos públicos.
Muitas dessas corporações nascem de projetos de desenvolvedores, muito focados na entrega de soluções ágeis e inovadoras, mas que nem sempre são orientados ao serviço. Investe-se muito no produto e pouco no atendimento, no comercial e mesmo no pós-venda. Equipes crescem muito rápido e logo a essência daquela empresa se perdeu, parece distante, já que ela acaba descolada do dia a dia da operação. Fintechs não podem se guiar apenas pelo discurso de um ou dois fundadores, elas precisam ter vida própria e comportamento alinhado e assimilado por todo o time. Se o propósito é claro, praticado no cotidiano e do conhecimento de todos, ele se torna um ativo valioso deste negócio e ajudará em todas as tomadas de decisão, seja da alta liderança, seja daqueles que acabaram de chegar.
Aqui na Tuut recentemente desenvolvemos projetos para duas fintechs de sucesso. Para a Blu, uma plataforma de soluções que liga o varejo à indústria, desenvolvemos uma nova identidade visual e verbal para um novo momento de sua atuação no mercado. Já com a Zoop, empresa de tecnologia para bancos do futuro, desenvolvemos uma nova estratégia de marca, identidade visual e verbal e um novo site, você pode ver mais detalhes sobre este projeto aqui.